Paixões

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Não estou revisando ou pensando no que está aqui. É o preto no branco, a verdade nua e crua.
Você não é paixão para se ter um dia…é para mais. E o tempo eu não posso te prometer. Não agora, quando tudo e nada me encantam. Todos os dias. Não enquanto me permito ir até onde posso voltar. Ainda está raso. É seguro. É aqui que fico. Com o melhor amigo que posso ter. Seja on line ou não.
Eu sei que o que conta é agora e não a pessoa de antes, que se jogaria nos seus braços temendo ficar só. E justamente por isso eu me seguro, por que aprendi a fazer da solidão uma companheira.
Eu discordo de quem afirma que existe apenas uma paixão. Me apaixono sempre por diferentes motivos. Acho fantástico ter a capacidade de se apaixonar todos os dias pela mesma pessoa, acho lindo. Mas faz tempo que não acontece comigo, ou melhor, acho que nunca aconteceu…nem mesmo quando eu namorava serio. Mas eu respeitava a pessoa que estava comigo, o seu sentimento por mim. Engulia qualquer promessa de novas aventuras pelo bem comum.
Depois de um bom tempo sem um relacionamento serio passei por duas fases. Na primeira me sentia incomodada com o fato de estar solteira enquanto amigas terminavam e iniciavam relacionamentos a cada troca de estação. Na segunda, atual, eu estou mais ciente do que quero e do que não me agrada. Não preciso chegar nos amassos para saber se a transa será boa, de um fora  para desencanar, ou de um “vai com calma” por insistir. Eu não grudo por mais que tenha interesse. E também não suporto ninguém se arrastando, insistindo sem que eu esteja a fim…corto antes que comece.
Resumindo, da mesma forma que algo explodiria com você, fazendo Hiroshima e Nagasaki parecerem estalinhos de São João, aconteceria com mais duas ou três pessoas. Esse é o ponto. Não sei qual é melhor, ou pior. Não escolhi. Aproveitei o que cada um poderia me oferecer de bom e continuei sem um elo que me ligasse de vez.
O meu “sim” não tem rosto, não tem nome. Não tem voz.

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