Eu sei que é amor
A amizade desinteressada, a princípio, levou nos a contar tudo sobre as nossas vidas. Você me salvou numa noite sem saber o real perigo que corri sem ao menos ter me visto uma vez. Talvez por instinto, por se importar, por ser meu anjo ou todas as opções anteriores.
Te conhecer despertou em mim algo guardado a 7 chaves. Parece clichê, mas na última vez que havia chegado perto de me encantar por um simples abraço não era o tempo, não era a pessoa (como sei hoje) e eu sofri com o “não”.
Eu sei que você estava quase desistindo quando me decidi, ainda com medo, mas fui para São Paulo e me joguei. Decidi pelo abraço no final das contas.
Tinha, já, consciência que algumas vezes enfrentaríamos momentos delicados. Só não achava que seria tão cedo (6 meses juntos) nem tão difícil de aceitar. Dois meses e meio de pesadelos e lágrimas diários. Eu, dividida entre encarar contigo um dragão para o resto da vida ou deixar meu melhor amigo lutar sozinho. Você, cauteloso sobre quando e como me apresentar os desafios…e, no final das contas, descobrir que era só um teste (o primeiro).
Logo depois da mudança para São Paulo, mudança de apartamento, gravidez, casamento, Nina e a mudança de país. Numa sequência que pareceu ter durado uma semana já foi 1 ano e meio.
Não está sendo fácil novamente. Longe dos amigos, uma língua estranha, vida corrida. Mas sei que, aos poucos, contornaremos os obstáculos e colocaremos tudo de volta nos eixos.
Nós dois decidimos fazer diferente de tanta coisa que tivemos como exemplo (em casa e na rua), que hoje eu posso te dar as mãos de olhos fechados e encarar novos desafios sem medo.
Um ano casados e eu só quero mais um dia para ganhar o seu abraço, aquele mesmo dado na Paulista em 2013.